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Mais da metade dos corpos da megaoperação no Rio já passou por identificação no IML

O Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, realiza uma força-tarefa para identificar e liberar os corpos dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação policial nos complexos do

Mais da metade dos corpos da megaoperação no Rio já passou por identificação no IML
  • Publishedoutubro 30, 2025
Mais da metade dos corpos da megaoperação no Rio já passou por identificação no IML

O Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, realiza uma força-tarefa para identificar e liberar os corpos dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, na última terça-feira (28). Segundo o órgão, mais da metade dos corpos já passou por necropsia e parte deles começou a ser liberada para as famílias.

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A operação, batizada de Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 121 mortos confirmados, incluindo quatro policiais civis e militares. Desde as primeiras horas desta quinta-feira (30), familiares de desaparecidos lotam as áreas externas do IML em busca de informações.

Um posto do Detran-RJ foi montado ao lado do instituto para auxiliar no acolhimento e atendimento das famílias. Como alguns dos mortos seriam de outros estados, o IML solicitou acesso a bancos de dados nacionais para cruzamento de informações e confirmação das identidades.

Acompanhamento de órgãos públicos

Nesta quinta-feira à tarde, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, da Defensoria Pública e de outros órgãos de fiscalização devem visitar o IML para acompanhar as perícias e o processo de identificação.

Técnicos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também realizam perícias independentes nos corpos, após denúncias de possíveis execuções e irregularidades na operação. O procurador-geral de Justiça, Antônio José Campos Moreira, afirmou que o acesso a imagens e registros é essencial para a investigação.

O posicionamento ocorre após o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, reconhecer que parte das gravações corporais feitas por policiais pode ter sido perdida, devido à duração limitada das baterias dos equipamentos.

Operação mais letal do estado

Megaoperação toma Alemão e Penha com blindados, helicópteros e 2.500 policiais. Foto: Reprodução – Cyro Neves/Super Rádio Tupi

Com 2.500 agentes mobilizados das polícias Civil e Militar, a ação tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho.

Os confrontos mais intensos ocorreram na Serra da Misericórdia, onde dezenas de corpos foram encontrados por moradores e levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para reconhecimento.

A Polícia Civil informou que o acesso ao IML está restrito às corporações e ao Ministério Público. Casos não relacionados à operação estão sendo transferidos para o IML de Niterói. Ainda não há previsão para a conclusão das liberações.

Fonte: www.tupi.fm