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Rio Maracanã começa a renascer: 25 milhões de litros de esgoto deixam de poluir o rio por mês – Diário do Rio de Janeiro

Rio Maracanã começa a renascer: 25 milhões de litros de esgoto deixam de poluir o rio por mês – Diário do Rio de Janeiro
  • Publishedjulho 1, 2025
Rio Maracanã começa a renascer: 25 milhões de litros de esgoto deixam de poluir o rio por mês – Diário do Rio de Janeiro

Carta do papai Noel

O Rio Maracanã, que nasce cristalino na Floresta da Tijuca e termina escurecido nas águas da Baía de Guanabara, começa a dar sinais de recuperação. Com ações da Águas do Rio na bacia do Canal do Mangue, 25 milhões de litros de esgoto — o equivalente a 11 piscinas olímpicas — deixaram de ser despejados mensalmente no leito do rio.

O plano de despoluição foi dividido em etapas. A primeira, já concluída, mapeou dez quilômetros do rio e de seus afluentes usando vídeo-inspeção para localizar ligações clandestinas de esgoto nas redes pluviais. Agora, a segunda fase concentra-se na reconstrução das tubulações e na fiscalização ativa para corrigir as irregularidades.

Um dos casos emblemáticos aconteceu na Rua Barão de Mesquita, onde um edifício despejava 1,5 milhão de litros de esgoto por mês numa galeria de águas pluviais. A ligação irregular foi desativada com a implantação de uma nova rede, integrada ao sistema de esgotamento sanitário. No total, a concessionária já fez 251 desobstruções e 87 manutenções na rede, além de corrigir 13 pontos críticos.

“Neste primeiro momento, o foco das ações de fiscalização na bacia do canal do Mangue são as contribuições no Rio Maracanã. Essa frente de trabalho faz parte do compromisso ambiental da concessionária com a recuperação da Baía de Guanabara e caminha em conjunto com o principal projeto da concessionária, que é universalizar os serviços de esgotamento sanitário até 2033”, afirmou Maria Alice Rangel, gerente de Serviços da Águas do Rio.

A próxima etapa do projeto envolve a implantação de coletores em tempo seco, voltados principalmente para captar esgoto gerado pelas comunidades do entorno. Essas intervenções exigem estudos detalhados e obras de grande porte, o que demanda um cronograma mais amplo.

Enquanto isso, a empresa mantém monitoramento quinzenal da qualidade da água em cinco pontos do rio, medindo coliformes fecais, turbidez, pH e oxigênio dissolvido. O objetivo é acompanhar de forma técnica e contínua os avanços das obras — e ajustar as intervenções com base em dados concretos.

O que era antes um curso d’água sem vida, hoje começa a recuperar seu fôlego. Ainda há um longo caminho pela frente, mas a transformação do Rio Maracanã já está em curso — gota a gota.

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Fonte: diariodorio.com